Universitários encerram protesto depois de 65 horas

Os estudantes que estavam protestando contra o aumento da passagem do Transporte Universitário (contrapartida) desde sexta-feira (2), encerraram a manifestação nesta segunda-feira (5), por volta de 12 horas, com o compromisso da Prefeitura liberar a viagem dos estudantes que já têm aulas nesta segunda e ainda não fizeram o pagamento do boleto que vence no dia 7. Uma reunião com o prefeito Vando Vitor também está marcada para quinta-feira (8).

Nesta segunda-feira, os vereadores Murillo Rodrigues (presidente da Câmara) e Laudimar Rodrigues conversaram com os estudantes e levaram um documento ao Gabinete do prefeito com assinatura de todos os vereadores. Logo após, voltaram a conversar com os estudantes junto com a Assessoria Jurídica da Prefeitura.

Na conversa, os estudantes conseguiram adiar o vencimento do boleto marcado para o dia 7 e concordaram com a reunião marcada para quinta-feira com o prefeito.

Segundo a estudante Kamilla Souza, será protocolado um pedido junto ao Ministério Público, para que o reajuste aplicado pela empresa sobre a contrapartida dos alunos seja menor. O reajuste foi de 100% ou seja, passou de R$ 50 para R$ 100 e sem nenhum aviso prévio aos estudantes.

Neste domingo às 16h16, a Prefeitura publicou uma Nota Pública em sua Rede Social reafirmando o apoio aos estudantes e esclarecendo sobre o aumento da diferença paga pelos alunos diretamente à empresa contratada. Ainda na nota a assessoria colocou todos os gastos feitos pela Prefeitura em 2017 com o Transporte Universitário. Leia a nota na íntegra abaixo.

O Transporte Universitário não é obrigação da Prefeitura, mas há em todas as eleições, o compromisso dos candidatos de melhoria do transporte e até mesmo oferecem a gratuidade, mas isso nunca ocorreu. A Prefeitura faz uma licitação para contratar uma determinada empresa (menor preço) para o transporte dos alunos. Paga um valor maior e os alunos fazem o complemento direto para a empresa.

O Guia Palmeiras em Foco apurou que em 2008 o valor cobrado dos alunos era de R$ 180, mas foi reduzido a partir do primeiro mandato do ex-prefeito Alberane Marques, passando para R$ 70 e posteriormente reduzindo a R$ 50, o que continuou até dezembro do ano passado.

A Prefeitura arca com a maior parte da despesa, ou R$ 275 com cada aluno para que o transporte seja feito de Palmeiras a Goiânia. Já os alunos pagavam até dezembro, o valor de R$ 50, direto para a empresa licitada (contratada). O novo boleto com valor de R$ 100 antecipado e R$ 110 no vencimento já foi encaminhado para os estudantes, o que causou toda a polêmica.