Diversos alunos que fazem curso superior em Goiânia estão sem transporte universitário de Indiara para Goiânia. Os alunos pedem a Prefeitura que banque o transporte gratuito, mas o prefeito Divino Marques, afirma que não há como arcar com o aumento de despesa neste momento.
Nesta quinta-feira (7), o GO In Foco recebeu a reclamação de diversos alunos que alegam que aulas já começaram, mas eles não têm como ir para Goiânia que fica distante 100 km de Indiara.
É o caso do estudante Matheus Campos. “Temos quase 30 alunos que fizeram a matrícula só que estão sem ônibus e o prefeito não faz nenhum esforço para solucionar o problema”, afirmou.
A estudante Glaucia Fernandes também está na mesma situação. “As aulas já começaram e estamos com falta na faculdade devido a essa escassez de ônibus”, disse.
O GO In Foco conversou por telefone com o prefeito Divino Marques e o mesmo afirmou que não é possível arcar com mais despesas com o transporte universitário. “O transporte universitário não é responsabilidade da Prefeitura, mesmo assim, até 2018 investíamos cerca de R$ 4,5 mil com cada ônibus e a Câmara também ajudava. Este ano ainda não tivemos posição do presidente e não temos como arcar com mais despesas diante da situação financeira que enfrentamos”, comentou.
O prefeito Divino Marques ressaltou ainda que o município tem enfrentado uma situação complicada. “Fizemos o compromisso de transporte gratuito, mas a realidade no município mudou muito. Não esperávamos que o Estado fosse deixar de repassar valores da saúde e do transporte escolar rural. Em 2018 recebemos apenas três parcelas do transporte e ficamos com R$ 680 mil da saúde sem receber. Tivemos que usar uma reserva que seria utilizada em outras áreas, para cobrir esse déficit do Estado”, comentou.
O GO In Foco apurou que atualmente há três ônibus que levam universitários de Indiara para Goiânia com o custo dividido entre a Prefeitura Municipal e os alunos que arcam com uma grande parte, atualmente R$ 165,00 (até o ano passado era R$ 125,00 e a Câmara Municipal devolvia R$ 10.000,00 por mês para a Prefeitura para utilizar no transporte).
A situação está crítica porque o número de alunos não é suficiente para completar um ônibus, pois parte dos cerca de 30 alunos que estão fora da rota, deve ser absorvida pelos três ônibus que já fazem o serviço para a Capital. Como não sobram alunos suficientes para encher um ônibus, está havendo o impasse.
