Tecnologia gera fomento em Palmeiras de Goiás

Matéria reproduzida do Diário da Manhã:

O Instituto Tecnológico de Goiás (Itego) Padre Antô­nio Vérmey, em Palmeiras de Goiás, promoveu um encontro na cidade com técnicos em desen­volvimento e tecnologia e o setor produtivo. O objetivo foi aproxi­mar representantes de empresas do setor industrial e comércio, le­vantar as principais demandas e levar soluções que a educação tec­nológica pode promover.

Superintendente de Desenvolvimento e Tecnologia, professor-doutor Marcos Haddad

O encontro aconteceu no audi­tório do Itego e teve a participação de professores e técnicos do Centro de Soluções em Tecnologia e Edu­cação (Centeduc), Organização So­cial que faz a gestão do Instituto de Palmeiras. O superintendente de Desenvolvimento e Tecnologia, professor-doutor Marcos Haddad, falou para os representantes das empresas sobre as possibilidades do Itego levar qualificação de mão de obra e desenvolvimento para as empresas da cidade.

“Precisamos conhecer as prin­cipais demandas e onde as empre­sas mais necessitam de apoio. Por isso promovemos este evento que se destinou principalmente a fazer um diagnóstico dos gargalos e ne­cessidades do setor produtivo. A fi­nalidade da Rede Itego é promover cursos de qualificação, treinamen­to e potencializar as atividades des­se setor produtivo”, explicou.

Essa qualificação de mão de obra, transferência de tecnologia e fomento à geração de emprego e renda são algumas das principais atividades buscadas pelos técni­cos da Rede Itego. Palmeiras, dis­tante 93 quilômetros de Goiânia tem um polo industrial consolida­do e diversificado. Uma dos maio­res empregadores da cidade é a avícola Pif-Paf, com uma comple­ta linha de criatório, abate e bene­ficiamento de frangos, sendo um dos maiores do estado.

Há outras empresas do setor de grãos e abatedouro de bovinos que exporta para países do Orien­te Médio que necessitam de mão de obra qualificada com frequên­cia e na cidade não havia qual­quer esboço de formação desses trabalhadores com a especializa­ção que o mercado exige.

INOVAÇÃO

No primeiro contato que os em­presários tiveram com os técnicos da Rede Itego surgiram sugestões e solicitações para solucionar es­ses gargalos. Como explanou o su­perintendente a transferência de tecnologia e inovação se dá na for­mação e qualificação de trabalha­dores que são preparados a custo zero para eles e para as empresas.

Os representantes das em­presas vislumbram redução de custos e maior celeridade no preenchimento de vagas ocio­sas com esses cursos que serão ministrados no Itego de Palmei­ras de Goiás. Ao final do encon­tro um protocolo de intenções entre eles e os técnicos foi re­digido para balisar as próximas ações de inovação e tecnologia.

DIFICULDADES

A analista de treinamento da Pif­-Paf, Kelly Cristina de Jesus, partici­pou do workshop e explicou o que existe de maior necessidade no se­tor industrial da cidade. “Há uma necessidade de formação de mão de obra, principalmente de cursos técnicos em setores específicos como mecânica e elétrica. Quan­do há necessidade de profissionais dessas áreas assim especializadas precisamos buscar fora, em cen­tros maiores e oferecer vantagens para virem trabalhar aqui”, frisou.

São serviços de maior qualifi­cação e quando a empresa preci­sa o processo é demorado e mais dispendioso. “O funcionário pre­cisa ser treinado dentro da ro­tina da empresa, isso gera cus­to e demora mais”. Há também treinamentos obrigatórios que as empresas precisam ministrar habitualmente como segurança no trabalho, boas práticas de pro­dução, relações humanas e eva­são em caso de acidente que po­dem ser assumidos pelos técnicos da Rede Itego e facilitar a vida das empresas. Há necessidade até de cursos de operador de moto-ser­ra que as empresas necessitam e que já estão na pauta das inova­ções levadas para a cidade.

CULTURA

O Itego de Palmeiras dá tam­bém cursos da área cultural que estão transformando a vida social na cidade. Uma unidade da Rede de Orquestra Jovem foi levada para o Itego Padre Antônio Vérmey com mais de uma centena de instru­mentos novinhos em folha.

A estudante do ensino médio Giovana Franco, 17 anos, é aluna de Violoncelo e está entusiasmada com a novidade em sua vida. “Te­nho uma grande vontade de tocar em uma orquestra e essas aulas es­tão transformando nossas vidas”, re­vela. Apaixonada pelo instrumento clássico ela conta que está apaixo­nada pela Nona Sinfonia de Beetho­ven e que a música está servindo até para ajudá-la a superar a timidez e o gosto musical. “Uma colega me fa­lou desse curso e da orquestra. Além de muito bonito é de graça. Nunca pensei que isso iria ter um efeito tão bom assim na minha vida”, finaliza.

Giovana Franco, 17 anos, é aluna de Violoncelo no Itego de Palmeiras de Goiás