#Economia | Como já era esperado pelos especialistas, o Banco Central (BC) subiu os juros básicos em 0,75 ponto percentual pela segunda vez seguida. A decisão foi tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) que passou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano.
O BC já adiantou que na próxima reunião, em 15 e 16 de junho, deve aumentar mais 0,75 ponto percentual também. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, mostrou o comunicado divulgado nesta quarta-feira (5).
A Selic continua seguindo um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano, já em março de 2018. No ano seguinte, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano, o que ocorreu em agosto de 2020.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em março, esse índice fechou o maior nível para o mês desde 2015 e acumula 6,1% nos últimos 12 meses, pressionado pelo dólar e pela alta dos combustíveis e do gás de cozinha.
O aumento da taxa Selic encarece o crédito e desestimula a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para tomar a decisão de corte na Selic, os técnicos precisam ter segurança que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Fonte: Agência Brasil | Créditos: Marcello Casal Jr.