Surto de peste suína volta a preocupar a China

#Internacional | Vários surtos de peste suína africana estão ocorrendo em diversas regiões da China, o que pode levar a uma taxa de mortalidade de até 100% entre os animais. Entre 2018 e 2019, a doença devastou a produção de carne suína do país, resultando na perda de mais de 130 milhões de porcos, de acordo com diferentes estimativas.

Dezoito das 31 regiões administrativas chinesas registraram recentemente, novos casos da doença, especialmente nas regiões de Liaoning (nordeste), Shandong (leste), Hebei (norte) e Shanxi (norte), segundo o portal de notícias local Sohu. A Organização Mundial da Saúde Animal afirma que não há atualmente vacina eficaz contra a peste suína africana, mas a China está trabalhando no desenvolvimento de um tipo de vacina, que não estará disponível antes do final deste ano.

A peste suína africana é uma doença hemorrágica altamente contagiosa que pode matar porcos e javalis nos primeiros dez dias após a infecção. A perda de porcos teve efeitos inflacionários em nível global, já que a China é o maior consumidor de carne suína. As interrupções nas cadeias de fornecimento doméstico implicam a reorganização dos mercados de proteínas globais e aumento dos preços.

Durante a onda de 2018 e 2019, as autoridades chinesas autorizaram os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar carne suína para o país. O acesso ao maior mercado do mundo foi visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinocultura nacional “nos últimos 40 anos”.

Analistas citados pela agência Bloomberg preveem que o atual surto pode fazer com que a China perca entre 8% e 15% de sua produção de carne suína. É importante ressaltar que a peste suína africana é inofensiva para humanos e outros animais.

Foto: CNA