#Saúde | Autoridades de saúde em Goiás estão preocupadas com a baixa procura pela vacinação bivalente contra a Covid-19. Apenas 12,95% do público-alvo se vacinou com o imunizante em todo o estado, o que representa apenas 205.611 vacinas aplicadas, enquanto a expectativa é de alcançar 1.587.689 pessoas. Inicialmente, a campanha de vacinação seria realizada em cinco etapas, dividida entre os grupos prioritários. No entanto, em função da baixa procura, a vacina está liberada para todos os públicos que têm prioridade desde o dia 20 de março.
A chegada do período seco e frio também preocupa as autoridades de saúde, já que a temporada é propícia para o aumento do número de infecções respiratórias graves. Entre os adultos acima de 30 anos, os óbitos por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) têm a Covid-19 como principal causa. Neste ano, das 185 mortes pela síndrome, 120 foram em decorrência da Covid-19.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, destaca a importância da vacinação para proteção contra o agravamento da doença. Segundo ela, a vacina bivalente protege contra a variante Ômicron, prevalente em todo o mundo, além das suas subvariantes. As pessoas desprotegidas podem ter consequências graves da doença.
A falta de interesse da população nas informações oficiais baseadas em evidências científicas e notícias falsas que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens são possíveis motivos para a baixa adesão.
Pessoas com mais de 60 anos, indivíduos com comorbidades, gestantes e puérperas, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e população ribeirinha, pessoas a partir de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência e os trabalhadores dessas instituições, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade a partir de 18 anos de idade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade podem se vacinar.
Para ter acesso à vacina bivalente, a pessoa precisa ter tomado pelo menos duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, aplicada em todo o país desde 2021. Além disso, é preciso ter o intervalo mínimo de quatro meses da aplicação da última dose. Todos os 246 municípios do Estado estão abastecidos com o imunizante desde a realização da primeira fase da campanha.