#Brasil | Com a localização de mais duas vítimas, o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul aumentou para 175, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (10/06) pela Defesa Civil gaúcha. O número de mortos permanecia inalterado desde domingo (09/06) quando um corpo havia sido encontrado. Os dois corpos encontrados, ainda não foram identificados. Foram encontrados em Teutônia, no Vale do Taquari, e em Agudo, na Região Central, próximo à Santa Maria.
Nenhum dos dois municípios havia registrado mortes em decorrência das chuvas, até agora. Ainda há 38 pessoas desaparecidas, de acordo com o governo do estado.
Após 40 dias desde o início da catástrofe climática, o Rio Grande do Sul ainda tem 478 municípios afetados e mais de 423,4 mil pessoas desalojadas de suas casas. Outras 18,8 mil seguem em abrigos provisórios. O número de pessoas afetadas pelas enchentes de alguma forma ultrapassa 2,3 milhões, o que dá cerca de 20% da população do estado.
De acordo com os dados, o número de desaparecidos caiu para 38. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados, abrangendo 475 municípios.
As fortes chuvas que atingiram o Estado começaram em 27 de abril, avançando na direção Norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, resultando em mortes e destruição ao longo de importantes rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d’água posteriormente desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.
O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água continuou seu curso em direção à Lagoa dos Patos, causando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.
A infraestrutura do Estado foi fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, deixando milhares de famílias ilhadas. Até o momento, mais de 77 mil resgates foram realizados. Tanto a rodoviária quanto o aeroporto da capital gaúcha foram alagados e suspenderam suas operações.
A Defesa Civil e outras autoridades continuam a trabalhar incansavelmente para resgatar desaparecidos e fornecer assistência às comunidades afetadas. O estado permanece em alerta máximo enquanto a recuperação e os esforços de socorro continuam.
Fonte: Agência Brasil