República Democrática do Congo tem novo surto de ebola

#Internacional | Após quatro meses, a República Democrática do Congo voltou a ter um surto de ebola, o terceiro desde 2018.  O último havia sido encerrado em dezembro de 2021. A situação levou às autoridades a redobrarem a preocupação no país.

A boa notícia é que as autoridades do Congo têm mais experiência que quaisquer outras no mundo em controlar rapidamente surtos de ebola, diz a diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) na África, Matshidiso Moeti. “O tempo não está do no lado. A doença iniciou há duas semanas e agora nós estamos correndo atrás. A notícia positiva é que as autoridades da República Democrática do Congo têm mais experiências nesses casos”.

As autoridades devem iniciar nos próximos dias, nova campanha de vacinação. O país já tem estoques de imunizante rVSV-ZEBOV nas cidades de Goma e Kinshasa. As vacinas serão enviadas para Mbandak, segundo a OMS. O local está sendo pico do surto de ebola. Os primeiros vacinados serão quem tem contato com o primeiro grupo contaminado. A estratégia é evitar a propagação do vírus.

O último surto durou 42 dias no Congo, com 11 casos, sendo oito confirmados e três prováveis, além de seis mortes na província do Kivu Norte. Em 2018, o surto durou dois anos.

O vírus ebola atinge humanos e primatas (macacos, gorilas e chimpanzés). Foi descoberto em 1976, próximo ao Rio Ebola, localizado onde hoje fica a República Democrática do Congo. O hospedeiro natural ainda é desconhecido, mas investigadores acreditam que o vírus seja transportado por animais e que os morcegos sejam os hospedeiros mais prováveis.

A transmissão ocorre, principalmente, por contato direto de feridas na pele e mucosas desprotegidas com sangue ou fluidos corporais infectados. Além disso, pelo contato com objetos, como agulhas e seringas, contaminados; ou pelo contato com morcegos ou primatas infectados.

Na África, a transmissão pode ser através do manuseio de carne de animais selvagens, que são caçados para alimento, diz o CDC.

Fonte: Agência Brasil | Foto: Microbiologista Cynthia Goldsmith