Real: Há 30 anos, o Brasil começa um novo plano econômico para combater a hiperinflação

#Brasil | Hoje, 1º de julho, o Plano Real completa 30 anos, marcando uma das transformações mais significativas da economia brasileira. Em 1994, o cruzeiro real, debilitado pela hiperinflação, foi substituído pelo real, estabilizando a economia do país. Essa mudança radical, liderada pelo governo Itamar Franco, envolveu a criação da Unidade Real de Valor (URV), uma espécie de superindexador que preparou o terreno para a nova moeda.

O economista Persio Arida, um dos arquitetos do plano, relembra o processo arriscado e inovador que conseguiu alinhar preços e salários através da URV, cujo valor era atrelado ao dólar. A transição culminou na conversão da URV para o real, estabilizando a economia com câmbio fixo e juros altos para atrair capital externo.

O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deu apenas pela URV. A aprovação de medidas fiscais pelo Congresso Nacional e o consenso político foram essenciais. Economistas como Virene Matesco, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Gustavo Franco, presidente do Banco Central na época, destacam a importância da união política e social na implementação do plano.

O Plano Real não só erradicou a hiperinflação, mas também aumentou o poder de compra dos brasileiros, proporcionando estabilidade econômica e melhorando a qualidade de vida. Economistas como Edmar Bacha e Leandro Horie concordam que o maior legado do plano foi civilizatório, transformando o Brasil em uma economia estável e reduzindo drasticamente os índices inflacionários.

Hoje, 30 anos depois, o Plano Real é reconhecido como um dos mais bem-sucedidos planos de estabilização econômica da história recente, demonstrando que a combinação de medidas ortodoxas e heterodoxas pode ser a chave para a recuperação econômica.

Fonte: Agência Brasil

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