#Polícia | A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), realizou nesta quinta-feira (9/2), a operação Hipócrates que investiga o pagamento de propina para pacientes serem inseridos e furar a fila de cirurgias, especialmente cirurgias plásticas, na rede pública de saúde. Segundo a polícia foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária, de busca e apreensão. Entre os presos estão um ex-prefeito de Teresina de Goiás e um vereador de São Miguel do Araguaia. Procedimentos que demorariam até dois anos, foram autorizados e feitos em poucos meses, mostra a investigação.
O delegado responsável pelo caso, Danilo Victor Nunes, disse que os políticos investigados atuavam como intermediadores no esquema que chegava a cobrar até R$ 5 mil por paciente. “Geralmente o paciente pagava para eles e aí essa pessoa providenciava, junto a um operador do sistema, para que inserisse as pessoas”, afirmou.
As fraudes aconteciam pelo menos desde 2020, adiantou a polícia. Nos últimos seis meses, 1.902 pessoas teriam sido incluídas na fila, apenas por uma das pessoas envolvidas.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou que mais de 15 mil pessoas aguardam por uma cirurgia eletiva em Goiás.
Os nomes dos presos não foram divulgados pela polícia. A Polícia Civil cumpriu mandados nas cidades de Goiânia, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás.
Todos os investigados vão responder por corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.