#Brasil | O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu, durante um evento em São Paulo, nesta quinta-feira (12/09), a antecipação da proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas eletrônicas e esportivas. Sidney ressaltou que o uso do crédito nessas plataformas pode comprometer a renda dos correntistas e elevar os índices de inadimplência.
“Eu particularmente entendo – e essa é uma posição pessoal – que o governo deveria usar todos os meios legais para proibir, imediatamente, o uso do cartão de crédito para a realização de jogos. A proibição feita, ainda não está sendo observada. O cartão é um produto fundamental e seu uso para apostas já está afetando o consumo das famílias e aumentando a inadimplência”, destacou o presidente.
Apesar de sua declaração, a Febraban emitiu uma nota esclarecendo que a posição de Sidney é pessoal e não reflete o posicionamento oficial da federação ou de seus bancos associados. Segundo a entidade, a opinião de seu presidente não representa as decisões ou diretrizes formais da Febraban.
Em abril deste ano, o Ministério da Fazenda determinou que, a partir de janeiro de 2024, as apostas eletrônicas só poderão ser pagas por meios como Pix, transferência ou débito, deixando o cartão de crédito fora dessas transações. A medida visa mitigar o risco de endividamento e inadimplência dos apostadores, mas Sidney sugeriu que essa proibição seja antecipada.
Sidney também revelou que tem discutido o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a Febraban está analisando o impacto do aumento das apostas esportivas no superendividamento das famílias brasileiras. O presidente da federação alertou que, se o volume de apostas continuar crescendo, pode haver reflexos negativos, como o aumento dos juros na concessão de crédito devido à inadimplência.
A proposta de Sidney de antecipar a proibição do uso de cartões de crédito para apostas acentua a preocupação crescente sobre o impacto econômico e social das apostas eletrônicas no Brasil.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Internet