#Estado | A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública – DERCAP, concluiu as investigações de duas operações que investigaram fraudes por cancelamento de mais de 12 mil multas e transferência irregular de pontos da CNH, inclusive para motoristas que morreram. Três servidores do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO) foram indiciados por envolvimento com a fraude.
A Polícia Civil informou que o Detran identificou, em 2019, o uso do sistema de informática do órgão para efetuar o cancelamento de multas. De imediato, determinou a inclusão das infrações no sistema novamente, evitando prejuízos financeiros e impunidade para os motoristas. Além disso, informou a polícia, que passou a investigar o caso. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Civil.
Para realizar a investigação, a Polícia Civil desenvolveu duas operações. A primeira foi chamada de Culpare Mortuos, onde 13 pessoas foram indiciadas por crimes como corrupção passiva, corrupção ativa e falsidade ideológica. A lista inclui um servidor efetivo do Detran, um comissionado, uma secretária de clínica e dois médicos credenciados.
A outra operação recebeu o nome de Medical Report, que resultou em sete pessoas indiciadas. Nesse caso, as pessoas eram responsáveis por inserir dados falsos em sistemas de informação. São ligados a autoescola ou prestam serviços para quem deseja recorrer de multas.
O Detran divulgou nota sobre o caso e informou que apoia as investigações e que suspendeu duas clínicas, um Centro de Formação de Condutores e médicos. Sobre os servidores, já foi aberto um processo para apuração de conduta e correição disciplinar junto à Corregedoria Setorial do Detran. As fraudes aconteciam na capital e no interior.
Além das fraudes cometidas, a investigação também identificou que dois servidores realizavam consultas e adiantavam serviços, recebendo pagamento indevido como retribuição.