Polícia Federal faz operação contra esquema milionário de fraudes em criptomoedas e Forex

#Polícia | A Polícia Federal (PF) desencadeou nesta quinta-feira (07/11), a Operação Profeta, voltada contra uma empresa de investimentos em criptomoedas e no mercado Forex, suspeita de aplicar golpes que afetaram cerca de 10 mil investidores em todo o Brasil. A ação cumpre um mandado de prisão preventiva e dez de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A investigação aponta que a empresa desviou mais de R$ 260 milhões, valor que foi transferido para o exterior sem a assinatura dos investidores.

Segundo a PF, a empresa elaborou um esquema complexo de captação de recursos, utilizando corretoras de criptomoedas para movimentar o capital. O objetivo era atrair investimentos e, em seguida, enviar as orientações para contas fora do país, escapando da supervisão de órgãos de controle financeiro.

De acordo com a PF, o principal alvo da investigação utilizou referências religiosas para ganhar a confiança dos investidores. Esse vínculo com a fé foi uma estratégia de persuasão central no esquema, o que desenvolveu o nome da operação: “Profeta”.

A operação revelou que o esquema envolvia uma série de crimes contra o sistema financeiro nacional. As infrações incluem a apropriação indevida de valores, a negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro ou autorização, a operação ilegal de instituição financeira e a evasão de divisas. Além disso, a PF investiga possíveis atividades de administração de carteiras no mercado de valores mobiliários sem autorização, bem como crimes de organização criminosa transnacional e lavagem de dinheiro, realizados por meio de ativos virtuais.

A Polícia Federal alerta para o perigo de promessas de retorno financeiro garantido, especialmente em operações envolvendo ativos voláteis como criptomoedas e Forex. A Operação Profeta serve como um alerta para que os investidores façam uma análise criteriosa das empresas com as quais negociam, verificando autorizações junto aos órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central.

Com a continuidade das investigações, a PF busca identificar e bloquear valores desviados, evitando minimizar os prejuízos para as vítimas e fortalecer a proteção contra crimes financeiros envolvidos no Brasil.

Fonte: Agência Brasil | Foto: Arquivo PF