#Polícia | Duas mortes de pessoas da mesma família por envenenamento, em Goiânia, na última segunda-feira (18/12), repercutiu em todo o país. Nesta quarta-feira (20/12), a Polícia Civil elucidou o crime, prendendo a suspeita de ter envenenado o ex-sogro Leonardo Pereira Alves e a mãe dele, Luiz Alves. Amanda Partata. “O caso é bem complexo, envolve um grau de psicopatia. Vamos ouvir novamente a Amanda, porque existem detalhes relevantes, inclusive de outros crimes relacionados à investigada. O que nós adiantamos é que, de fato, se trata de um duplo homicídio por envenenamento”, afirmou o delegado Carlos Alfama.
Inicialmente o caso ganhou repercussão pelas vítimas terem tidos complicações por intoxicação alimentar causada por um bolo, mas a versão foi descartada logo em seguida. Produtos da empresa foram recolhidos e examinados, mas nada foi constatado, segundo os órgãos responsáveis pela investigação.
A suspeita, Amanda Partata se apresenta nas redes sociais como advogada aposentada e psicóloga. No entanto, o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), informou que ela não tem registro profissional ativo no banco de dados do Conselho.
Ao chegar à Delegacia, Amanda disse algumas vezes que “Eu não fiz isso”. Também chegou a afirmar que está grávida.
Na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo e a internação da mãe dele em estado grave, a família registrou boletim de ocorrência Polícia Civil. No boletim consta que a ex-nora Amanda comprou um doce para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã de domingo (17). Três horas depois, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de vômitos e diarreia. Os dois foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas morreram.
O relato mostra ainda que a suspeita teria comido a sobremesa em menor quantidade e estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
No primeiro dia, a família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado, por isso, pediu investigação. Enquanto o trabalho da polícia começou a ser feito, nas redes sociais, uma quantidade gigante de pessoas começou a lançar o nome da confeitaria como culpada. Mídias Digitais e veículos de comunicação divulgaram amplamente o caso, sempre mencionando o nome da empresa Perdomo Doces.
Órgãos de fiscalização e a polícia visitaram as unidades da doceria, recolheram produtos e nenhuma irregularidade foi encontrada. “Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, data de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados”, disse uma nota do órgão.
Fonte: G1 Goiás | Fotos: Reprodução