#Polícia | Duas pessoas foram presas nesta terça-feira (18/07), em Aparecida de Goiânia, pela prática dos crimes de estelionato virtual e associação criminosa. A Operação Consumidor, foi desencadeada pela 5ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia, que investigou o golpe do ‘falso financiamento’. Também foram cumpridos mandados busca e apreensão, em desfavor dos investigados. A Polícia Civil (PC) informou que a investigação identificou prejuízos superiores a R$ 90 mil. Novas vítimas podem ser identificadas, por isso, a PC divulgou as fotos dos acusados.
Os investigados agiam sempre com o mesmo modus operandi. Uma empresa ligada aos investigados já havia sido interditada, contudo, mesmo impedida de atuar, os investigados continuavam oferecendo os seus falsos serviços, geralmente em outro endereço e com outro nome fantasia. A autoridade policial também representou ao Poder Judiciário pela indisponibilidade de eventuais bens no montante de R$ 500 mil das contas das respectivas empresas.
Como agiam
1) Publicação de anúncios em redes sociais contendo a facilitação de financiamentos e compras a prazo (imóveis, veículos, motocicletas e outros);
2) Após o contato com os investigados as vítimas eram direcionadas a comparecer a unidade física da empresa – ISBRACON FINTECH/EFS INSIDE SELLER, localizado na cidade empresarial – Aparecida de Goiânia;
3) Os investigados ludibriavam as vítimas com falsas promessas de financiamento (condições muito facilitadas), chegando a alegar que, caso a vítima realizasse o pagamento do valor da entrada teria a posse do bem em prazo diminuto (2 a 5 dias);
4) Os investigados, com o fim de convencê-las ao fechamento do negócio, conduziam-nas a visitas guiadas para apresentar o suposto bem financiado (ex: imóvel);
5) Após o pagamento da entrada, as vítimas eram orientadas a aguardar o prazo estabelecido acima;
6) Transcorrido este, as vítimas eram informadas, só então, de que o contrato se tratava de “consórcio” e de que elas não haviam sido contempladas naquele momento;
7) Ao solicitar o cancelamento do negócio, as vítimas eram informadas de que teriam que aguardar o transcurso do prazo de 60 meses para o recebimento dos valores pagos.
A empresa ISBRACON FINTECH chegou a ser interditada pelo PROCON-GO e Delegacia Estadual do Consumidor, contudo, mesmo impedida de atuar, os investigados continuavam oferecendo os seus falsos serviços, geralmente em outro endereço e com outro nome fantasia.
As imagens e qualificação dos presos foram divulgadas, conforme despacho da delegada responsável pelo inquérito, seguindo o procedimento legal e regulamentar, para atender o interesse público, haja vista a possibilidade de haver outras vítimas que os identifiquem, conforme Lei 13.869/2019 e Portaria 547/2021-PC.