#Polícia | Peritos criminais da Polícia Federal (PF) começaram a investigar as explosões que ocorreram na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Com uma estratégia similar à utilizada na investigação dos ataques de 8 de janeiro de 2023, os peritos vão reconstruir a cena dos ataques com tecnologia avançada de imagens 3D, o que deve ajudar na compreensão detalhada da dinâmica das explosões e na identificação dos responsáveis. O suspeito de ter causado a explosão, morreu após detonar explosivos presos ao corpo.
Profissionais especializados do Instituto Nacional de Criminalística (INC), com experiência em perícia de locais de crime envolvendo bombas e explosivos, foram acionados logo após o incidente. O objetivo inicial é identificar todos os vestígios deixados no local, que serão analisados para determinar o tipo de explosivo utilizado, sua origem e qualquer evidência que aponte se o ataque foi planejado por uma ou mais pessoas. A PF já abriu um inquérito para investigar o caso.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nas redes sociais estar confiante na rápida atuação da Polícia Federal para esclarecer o ocorrido. “Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC”, disse Pimenta, em referência ao suspeito de envolvimento no ataque. O ministro também mencionou a suspeita de que o autor tenha tentado entrar anteriormente no Supremo Tribunal Federal (STF), onde morreu ao detonar explosivos em frente à sede da Corte.
Pimenta acrescentou que ainda existem questões pendentes, como quem financiou a viagem do suspeito a Brasília e se ele agiu sozinho ou contou com apoio. “Essas e outras respostas a PF vai com certeza rapidinho nos responder. Golpistas não passarão”, concluiu.
As explosões ocorreram por volta das 19h30, quando um veículo com explosivos foi detonado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao STF. Pouco depois, o autor do ataque detonou outro artefato em seu corpo em frente à sede do Supremo Tribunal Federal.
O principal suspeito de ser o autor das explosões é Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como “Tiu França”, um ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) de Rio do Sul, Santa Catarina. A Polícia Federal está investigando sua possível ligação com o ataque, bem como sua motivação e eventuais redes de apoio.
A Polícia Federal continuará coletando e analisando evidências para identificar a origem dos explosivos e os detalhes logísticos do ataque. Com o uso de ferramentas tecnológicas de reconstrução 3D, os peritos criminais esperam conseguir respostas que possam esclarecer a motivação do atentado, bem como identificar outros possíveis envolvidos.
As investigações devem fornecer uma visão detalhada do planejamento e da execução do ataque, contribuindo para garantir a segurança das instituições e prevenir futuros atentados.
Fonte: Agência Brasil | Bruno Peres/AB