#Polícia | A Polícia Federal, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, desmantelou na última sexta-feira (30/08) uma associação criminosa altamente organizada, especializada na utilização de documentos digitais falsos para cometer fraudes contra a Caixa Econômica Federal. A operação, realizada em Santana do Livramento e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, resultou na prisão em flagrante de treze indivíduos, incluindo oito homens e cinco mulheres.
Segundo informações da Polícia Federal, o grupo criminoso atuava de maneira sofisticada, explorando vulnerabilidades no sistema financeiro digital para obter ganhos ilícitos. A investigação revelou que os criminosos utilizavam táticas avançadas para a obtenção de dados pessoais de terceiros, os quais eram fundamentais para a execução das fraudes.
As investigações apontaram que os dados pessoais utilizados nas fraudes eram obtidos por meio de táticas de phishing, compra de informações em mercados ilegais da internet e, em alguns casos, pela invasão de sistemas de empresas que armazenam essas informações sensíveis. Com posse desses dados, os criminosos utilizavam ferramentas avançadas de edição gráfica para criar documentos digitais falsificados de alta qualidade, que passavam despercebidos pelos mecanismos de segurança das instituições financeiras.
Com os documentos falsificados, os integrantes da associação criminosa se passavam por terceiros para realizar saques em espécie nas contas das vítimas. A sofisticação das falsificações dificultava a detecção da fraude, permitindo que o grupo operasse por um período prolongado antes de ser desarticulado.
A operação criminosa causou prejuízos significativos tanto à Caixa Econômica Federal quanto às vítimas cujos dados foram comprometidos. Estima-se que milhões de reais tenham sido retirados indevidamente das contas de correntistas, além de danos à imagem da instituição financeira envolvida.
Prisões e Apreensões
Além das prisões, a operação resultou na apreensão de diversos equipamentos utilizados na falsificação dos documentos, incluindo computadores, celulares, impressoras de alta definição e softwares de edição gráfica avançada. Os presos responderão pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documentos, uso de documento falso e associação criminosa.
A Polícia Federal informou que as investigações continuam, visando identificar outros possíveis integrantes do grupo e coibir futuras tentativas de fraudes semelhantes. A instituição reforçou a importância de que os cidadãos fiquem atentos a possíveis tentativas de phishing e outras formas de obtenção ilegal de dados pessoais, colaborando com as autoridades para a prevenção de crimes cibernéticos.
Fonte: Agência Brasil | Foto: PF