#Polícia | A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24/04), a operação Dose Clandestina, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de medicamentos. O grupo teria enviado ilegalmente mais de 1 tonelada de remédios para o exterior e movimentado mais de R$ 4 milhões com a prática. A maioria dos mandados de prisão e busca e apreensão, está sendo cumprida em Goiás.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de prisão e de busca e apreensão em sete Estados brasileiros — Goiás, São Paulo, Paraná, Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais — e no Distrito Federal. Apenas em Goiás, foram cumpridos 11 mandados, sendo dois de prisão.
Segundo a PF, a quadrilha operava com dois núcleos principais: um no Brasil e outro no exterior. Os investigados são acusados de falsificar receitas médicas para comprar remédios de forma fraudulenta, que depois eram ocultados em grandes caixas e enviados ao exterior sob a justificativa de uso pessoal. Os medicamentos tinham como destino principal os Estados Unidos.
De acordo com o delegado Bruno Gama, responsável pela investigação, o esquema começou a ser desvendado em 2024. O líder do núcleo internacional foi preso em flagrante em março deste ano. A PF já identificou mais de 150 envios ilegais de remédios ao exterior. “O núcleo brasileiro falsificava receituário médico para realizar a compra dos medicamentos, levava para empresas de remessa ao exterior. O núcleo no exterior utilizava diversas pessoas para receber os medicamentos, que depois eram armazenados em uma farmácia clandestina para atender a comunidade de brasileiros no exterior. Essa farmácia tinha até locais de aplicação de medicamentos injetáveis”, detalhou Gama.
Os envolvidos poderão responder por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Federal, e a defesa dos suspeitos ainda não foi localizada até a última atualização desta matéria.
A operação reforça a atuação da PF no combate ao tráfico internacional e à falsificação de documentos, práticas que colocam em risco a saúde pública e fomentam o crime organizado. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, por isso a reportagem localizou a defesa.
Fontes: O Popular e Agência Brasil | Foto: Polícia Federal
