#Brasil | Uma estratégia adotada há algum tempo, pelas empresas brasileiras, se tornou comum, recentemente, no período de pandemia e pós-pandemia, com a crise na economia. É a redução das embalagens e mudança de qualidade dos produtos, aponta o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A coordenadora do Programa de Serviços Financeiros do Idec, Ione Amorim, no passado casos do tipo já foram registrados, no entanto, a alta da inflação no Brasil nos últimos dois anos têm levado mais empresas a adotarem esse método. “Hoje, a forma como isso vem sendo feita ganhou uma dimensão muito maior”, destacou.
A prática de reduzir as embalagens e de diminuir as quantidades normalmente vendidas levou ao uso do termo reduflação. A quantidade ou qualidade de produto é menor, mas o preço não é reduzido ou não é reduzido na mesma proporção da diminuição da embalagem. Com isso, a empresa tenta evitar o desgaste do aumento direto de preços.
O Idec alerta, no entanto, que portaria da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, regulamenta alterações no tamanho e quantidade de produtos vendidos, estabelecendo que as mudanças devem ser informadas em destaque nos rótulos por 180 dias.
Para driblar a legislação, as empresas têm usado estratégias que apostam na desatenção do consumidor. “As empresas estão lançando embalagens paralelas para driblar o cumprimento da portaria”, denuncia o Idec.
A orientação do Instituto é observar bem os produtos na hora da compra e verificar se não estão em tamanhos ou embalagens diferentes pelo mesmo preço, pois são muito parecidas.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Reuters/Arquivo