#Religião | O padre Robson de Oliveira fez neste dia 21 de abril, seu primeiro pronunciamento após o STJ ter arquivado o processo que o Ministério Público movia contra o religioso por supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Em vídeo, padre Robson começa com uma fala do Papa Francisco “No final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação”. Logo depois, relata tudo o que aconteceu, como foi a operação, considerada como desnecessária e se defendeu das acusações. Assista vídeo abaixo.
Na última segunda-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou definitivamente o processo do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o padre Robson de Oliveira, por supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O processo transitou em julgado, o que significa que não há mais recurso nos tribunais superiores, afirma a defesa do padre.
O caso teve início em 2018, quando o Ministério Público investigava supostos desvios milionários de dinheiro doado por fiéis para a Afipe. O dinheiro, segundo promotores, deveria ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade e manutenção da entidade e ações para os fiéis. Mas isso não vinha sendo feito, com gasto de mais de R$ 100 milhões na compra de casas, fazendas, e até avião. Nesse período, o padre Robson de Oliveira era o reitor da Basílica e presidente da Afipe.
Diante dos fatos, o MP-GO abriu dois processos contra o religioso, sendo um criminal e outro cível, por improbidade administrativa no uso do dinheiro. O criminal foi trancado no Tribunal de Justiça e depois, teve início uma disputa judicial para dar andamento aos processos entre o MP e a defesa do padre.
Após uma investigação que apurou extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não foi divulgado. O padre chegou a pagar R$ 2,9 milhões com dinheiro da Afipe em troca do arquivamento das mídias.
Em 2020, o padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O processo foi bloqueado pela Justiça.
Mesmo com a decisão de hoje do STJ, o MP-GO informou que entrou com um mandado de segurança onde questiona a decisão da 6ª Turma em não admitir o recurso do órgão.
Um processo canônico ainda está em andamento na Arquidiocese de Goiânia. Na semana passada, o novo arcebispo metropolitano, Dom João Justino, disse que o andamento do processo está desvinculado da Justiça.