#Tempo | Nas últimas semanas, as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil enfrentaram uma onda de calor intenso, com algumas cidades registrando temperaturas superiores a 40ºC. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), São Miguel do Araguaia (GO) foi o município com a temperatura mais elevada do país, marcando 41ºC. Além de São Miguel do Araguaia, outras cidades como Alto Parnaíba (MA) e Formoso do Araguaia (TO) também estão no topo do ranking das mais quentes, registrando 40,7ºC e 40,6ºC, respectivamente.
A alta temperatura não veio sozinha. A região Norte de Goiás, por exemplo, está há mais de 140 dias sem chuvas, como aponta o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Este cenário de estiagem prolongada levou ao resgate de dois botos que ficaram encalhados no Lago de Luiz Alves, em São Miguel do Araguaia. Os pescadores locais atuaram no resgate, devolvendo os animais a áreas mais profundas do lago, que é o principal canal de acesso ao Rio Araguaia.
Além do calor extremo, a umidade relativa do ar também atingiu níveis alarmantemente baixos em algumas cidades. Goianésia e Porangatu, ambas em Goiás, registraram índices de umidade de 12% e 13%, respectivamente, sendo que Araguaçu (TO) lidera o ranking nacional com apenas 10%. A baixa umidade agrava a sensação de calor e pode causar problemas de saúde, como desidratação, ressecamento das vias respiratórias e agravamento de doenças respiratórias, afetando principalmente crianças, idosos e trabalhadores que ficam expostos ao sol por longos períodos.
Especialistas alertam para a necessidade de cuidados redobrados, como aumentar a ingestão de água, evitar atividades físicas intensas nas horas mais quentes do dia e usar umidificadores em ambientes fechados. As autoridades também destacam a importância de preservar os corpos d’água da região, que enfrentam níveis críticos de redução, colocando em risco não apenas a fauna local, mas também as populações ribeirinhas que dependem dessas fontes para seu sustento.
Com a previsão de continuidade deste cenário seco e quente, moradores das regiões afetadas devem ficar atentos às condições climáticas e adotar medidas preventivas para minimizar os impactos do clima severo.
Fonte: O Popular | Foto: Divulgação