Morre aos 97 anos, Cid Moreira, ícone do jornalismo e da televisão brasileira

#Imprensa | Faleceu nesta quinta-feira (03/10), aos 97 anos, o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos rostos e vozes mais marcantes da televisão brasileira. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando de uma pneumonia nas últimas semanas.

Com uma carreira de mais de 70 anos, Cid Moreira se consolidou como uma das figuras mais reconhecidas da televisão no Brasil, principalmente por seu trabalho no Jornal Nacional. Segundo o Memória Globo, da TV Globo, o apresentador comandou o telejornal por cerca de 8 mil edições, eternizando sua voz grave e seu famoso “boa-noite”, que se tornou um marco no jornalismo televisivo do país.

Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em São Paulo, Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio em 1944, quando foi descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Logo, ele ganhou notoriedade como locutor de comerciais. Em 1951, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Mayrink Veiga e iniciou sua jornada na televisão, apresentando comerciais e programas ao vivo.

A estreia de Cid como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no programa “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio. Esse foi o início de sua longa e bem-sucedida carreira no jornalismo televisivo. Em 1969, Cid foi chamado para substituir Luís Jatobá no “Jornal da Globo” e, no mesmo ano, estreou na bancada do Jornal Nacional, dividindo a apresentação com Hilton Gomes.

Nos anos seguintes, Cid Moreira consolidou-se como o principal apresentador do Jornal Nacional, permanecendo no cargo por 26 anos, até 1996. Sua voz profunda e sua postura séria trouxeram credibilidade ao telejornal, que se tornou o mais importante do Brasil.

Além de sua participação no Jornal Nacional, Cid também fez parte da equipe do Fantástico desde a estreia do programa, em 1973. Um dos momentos de destaque foi sua participação no quadro de Mr. M, o ilusionista que revelava truques de mágica, em 1999. Sua narração inconfundível deu um toque especial ao sucesso do quadro.

Cid também dedicou parte de sua carreira à gravação de salmos bíblicos, um projeto que culminou na gravação da Bíblia na íntegra em 2011, um trabalho que foi amplamente elogiado e se tornou um sucesso de vendas.

Fonte: G1 | Fotos: Internet

Cid Moreira durante apresentação do Jornal Nacional: cabelos compridos