Com a suspensão temporária da exportação de carne brasileira para a China, a Minerva S/A que tem unidade em Palmeiras de Goiás, informou nesta segunda-feira (6) que atenderá a demanda chinesa por meio de sua subsidiária Athena Foods, até que a suspensão temporária se normalize. O abate em Palmeiras de Goiás continua suspenso até terça-feira (7), já que a produção local é direcionada para a China.
Na sexta-feira (3), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a suspensão temporária da exportação após a confirmação de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina ‘mal da vaca louca’, registrados em MG e no MT.
A confirmação dos casos de ‘vaca louca’ foi feita pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. De Acordo com o Mapa, toda as ações sanitárias foram concluídas antes mesmo do resultado final. “Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, destacou, em nota.
A Athena Foods pertencente à Minerva tem quatro plantas de abate, sendo três no Uruguai e uma na Argentina. A Minerva é líder na América do Sul na exportação de carne bovina e só a unidade de Palmeiras de Goiás abate diariamente em torno de 1.600 animais. A produção está suspensa desde quinta-feira (2), por precaução.
Na nota divulgada hoje (6) ao mercado, a Minerva disse que foi notificada pelo Mapa sobre a suspensão temporária de exportação no sábado (4) e que a operação, em outros países, permitirá que a companhia atende os clientes “sem comprometer” a participação do mercado.
As normas internacionais preveem que em casos como esse, a OIE precisa ser oficialmente comunicada. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, as exportações de carne bovina ficam suspensas temporariamente, até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
A China é o principal destino da carne brasileira, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento esclareceu que a OIE exclui a ocorrência de casos atípicos da vaca louca para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país, mantendo risco insignificante para a doença.
Fontes: Agência Brasil e Money Times | Fotos: Agência Brasil e Reprodução internet