Marconi Perillo pode ser o último presidente do PSDB; Fusão e mudanças no partido ganham força nacionalmente

#Política | O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, figura histórica e influente do PSDB, pode encerrar um ciclo como o último presidente nacional do partido. Informações de bastidores revelam que as ações para uma fusão ou incorporação do PSDB com outro partido de grande porte estão avançando, e Marconi tem começado a participar dessas negociações, segundo divulgou a coluna Giro, do jornal O Popular, na edição de sexta-feira (07/12).

Marconi, que possui uma longa trajetória política como governador de Goiás por quatro mandatos, senador, deputado federal e estadual, agora enfrenta um dos momentos mais desafiadores na história do PSDB. O partido, que conquistou apenas 13 cadeiras na Câmara dos Deputados em 2022, tem se deparado com dificuldades de sustentação no cenário político atual, onde legendas com menos de 20 deputados federais são pressionadas a buscar federações ou fusões para se manterem relevantes.

Cenários

Entre as perspectivas consideradas, as conversas têm possibilidades de fusão com o PSD, MDB ou União Brasil, com o PP sendo uma alternativa menos provável. Contudo, a complexidade do contexto político local em Goiás, onde Marconi construiu grande parte de sua carreira, acrescentou camadas à discussão. O Estado é governado atualmente por figuras de partidos considerados adversários, como o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que já se declarou pré-candidato a presidente da República.

Embora sejam adversários históricos, Marconi, segundo fontes, evita colocar o contexto político regional no centro das negociações. Ele busca equilíbrio ao alinhar interesses nacionais com a valorização de lideranças do partido em Estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

Em junho, durante entrevista à Jovem Pan, Marconi admitiu o cenário delicado: “Os partidos que hoje têm menos de 20 deputados federais terão necessariamente que se juntarem à federação ou fusão, porque, se não, vão morrer”. Essa declaração reflete a inevitabilidade de mudanças no PSDB, partido que, apesar de sua relevância histórica, perdeu espaço no Congresso e na política nacional.

Internamente, o PSDB avalia como preservar sua identidade e legado em um eventual novo arranjo. A manutenção do nome e do número 45 parece convidativa, mas há esforços para que a imagem e a história dos tucanos sejam integradas à possível fusão.

Apesar de sua influência, o futuro de Marconi Perillo na pós-fusão do PSDB é incerto. Caso o partido opte por uma incorporação ao MDB ou União Brasil, fontes indicam que a posição de Marconi no novo contexto político pode ser enfraquecida, devido à rivalidade histórica com lideranças dessas legendas.

Para o ex-governador goiano, o desafio será preservar seu protagonismo e legado enquanto trabalha na transição do PSDB para um novo formato político que seja viável no cenário atual.

Fonte: O Popular