Helcio Perilo adia o sonho da medalha paraolímpica nas quartas de final do tiro com arco

#Esporte | O palmeirense Helcio Perilo adiou hoje (30), o sonho da medalha paraolímpica, ao ser eliminado nas quartas de final da modalidade tiro com arco da classe W1, em Tóquio, no Japão. Perilo enfrentou o atual recordista mundial da classe, o tcheco David Drahonissky na fase eliminatória. O atleta brasileiro terminou a competição em 6ª colocação.

O placar final ficou em 140 a 129 para o tcheco que não deu muitas chances para Perilo, que só conseguiu acertar no alvo duas vezes. David Drahonissky levou o ouro contra Nihat Turkmenoglu, da Turquia.

Esta foi a primeira Paralimpíada de Helcio Perilo que terminou a competição em sexto lugar. “Hoje encerro a minha participação nas Paralimpíadas de Tóquio e minha primeira edição de outras que, com toda certeza virão. Pela primeira vez na história do nosso país, tivemos a participação de atletas na categoria W1. Eu tive a honra de ser o nome a vestir a camisa nessa edição. Conquistei o 6º lugar em uma disputa apertada contra o atleta da África do Sul. Colocação esta que me posiciona como o melhor brasileiro, até o momento, nessa edição dos jogos”, postou em sua rede social.

Perilo também agradeceu o apoio que teve para disputar as paralimpíadas. “Agradeço a todos que depositaram a confiança em mim e que acompanharam e torceram com essa energia maravilhosa. Vocês foram muito importantes nessa competição. Fico muito feliz com tudo o que conquistei e que conquistamos até aqui”, escreveu.

Hélcio Perilo, de 52 anos, é natural de Palmeiras de Goiás e disputou a competição na modalidade tiro com Arco. Antes de 2016, o atleta praticava tiro esportivo. Perillo é um dos 12 atletas goianos que participaram da competição.

Neste período, Perillo conquistou duas medalhas de bronze nos Torneios de Ranking Mundial de 2018 e 2019, nos Emirados Árabes e Estados Unidos, respectivamente, e duas pratas nos Parapan-Americanos de 2018 e 2021, na Colômbia e no México.

Hélcio Perilo sofreu uma fratura na coluna cervical, quando tinha 4 anos. Foi o único sobrevivente em um acidente automobilístico. Seus pais e dois irmãos não resistiram aos ferimentos. Perillo foi criado por familiares e enfrentou todas as superações possíveis

Fotos: Matsui Mikihito/CPB