#Polícia | A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na sexta-feira (21/03), a segunda fase da operação “Diploma Fake”, que investiga um esquema de venda de diplomas falsos de graduação e pós-graduação. Foram cumpridas mais de 50 medidas judiciais contra diretores e secretários de diversas instituições de ensino nos Estados de Goiás, incluindo Palmeiras de Goiás, Mato Grosso e Bahia.
De acordo com as investigações, os compradores escolhiam o curso que desejavam obter a certificação falsa e pagavam valores entre R$ 2,5 mil a R$ 4 mil pelo documento. O diploma era entregue em poucos dias, sem que o interessado precisasse cursar nenhuma disciplina.
O delegado Luiz Carlos Cruz, responsável pelo caso, informou que esta fase da operação tem como foco os responsáveis por assinar os documentos fraudulentos. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e a investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos.
Primeira fase da operação
Na primeira etapa da investigação, a polícia desmantelou um esquema em Anápolis, onde um operador vendia os diplomas falsos. Segundo a polícia, ele teria comercializado mais de 20 certificações na cidade. Os cursos mais ofertados eram de pedagogia, educação física, letras e matemática.
A investigação teve início com a identificação de compradores dos diplomas fraudulentos, também residentes em Anápolis. Os pedidos eram feitos via aplicativos de mensagens, e os pagamentos realizados antes da emissão do documento falso.
Expansão do esquema
Com o avanço das investigações, a polícia descobriu que o esquema envolvia instituições de ensino em Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais. O delegado Luiz Carlos Cruz ressaltou que a expectativa é identificar mais envolvidos no esquema, que pode se estender para outros estados.
“Nossa expectativa é encontrar outros membros que captavam compradores em diferentes regiões do país”, afirmou o delegado em entrevista à TV Anhanguera.
Até o momento, os nomes dos suspeitos não foram divulgados, e a defesa deles não foi localizada para comentar o caso. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar todos os envolvidos e desarticular completamente o esquema criminoso.
A ação contou com o apoio das Polícias Civis de Mato Grosso e Bahia.
