Garotas de programa são presas suspeitas de aplicar golpe do ‘boa noite, Cinderela’ em Luziânia; prejuízo chegou a R$ 30 mil em um dia

#Polícia | A Polícia Civil de Goiás prendeu duas mulheres suspeitas de aplicar o golpe do “boa noite, Cinderela” contra homens em Luziânia e Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. As investigadas, que atuavam como garotas de programa, teriam dopado as vítimas para furtar cartões bancários, realizar compras e efetuar transferências. Em apenas um dia, uma das vítimas teve prejuízo estimado em R$ 30 mil.

Segundo o delegado Ronivaldo Loureiro, responsável pelo caso, as criminosas não apenas utilizaram os cartões das vítimas em diversos estabelecimentos da cidade, como chegaram a dirigir um dos veículos e causar um acidente com a caminhonete de um dos alvos. “Foram diversas vítimas que tiveram cartões de crédito usados em compras e valores transferidos das contas enquanto estavam dopadas”, destacou o delegado.

Modus operandi

De acordo com as investigações, as suspeitas abordavam os homens por meio de sites de encontros e aplicativos, marcavam os encontros e, durante o momento íntimo – geralmente em motéis – colocavam substâncias entorpecentes nas bebidas das vítimas. Após isso, aproveitavam-se da inconsciência dos homens para acessar os celulares, fazer transferências bancárias, compras com cartões e até empréstimos.

“Em alguns casos, elas realizavam empréstimos pré-aprovados nos aplicativos e, assim que o dinheiro era liberado, faziam as transferências para contas controladas por elas ou por terceiros”, explicou o delegado.

Reincidência

As duas mulheres já haviam sido presas em 2024 pelo mesmo tipo de crime, mas estavam em liberdade, respondendo ao processo. As prisões preventivas ocorreram no sábado (10/05), após novas denúncias de vítimas. As ações foram realizadas simultaneamente em Luziânia e Valparaíso de Goiás.

As defesas das suspeitas se manifestaram por meio de notas. A advogada Silvânia Shirles, que representa uma das mulheres, alegou que sua cliente está colaborando com as autoridades e que não há laudos periciais que comprovem o uso de substâncias dopantes. Já os advogados da segunda suspeita, José Victor Barros Aguiar e Pedro Ricardo Guimarães da Costa, afirmaram que não foi apresentada prova concreta de que as vítimas foram dopadas ou de como as acusadas teriam conseguido as senhas bancárias.

Crimes e penas

As investigadas foram autuadas pelo crime de roubo com restrição de liberdade da vítima. Caso sejam condenadas, podem cumprir até 15 anos de prisão.

A Polícia Civil divulgou as imagens das suspeitas com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas que ainda não tenham registrado ocorrência.

Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque 197.