Ex-governador José Eliton se torna réu após  denúncia de crimes em contrato milionário com OS

#Justiça |  O ex-governador de Goiás, José Eliton, o ex-secretário de Saúde, Leonardo Vilela, e mais 32 pessoas se tornaram réus em um processo que investiga a contratação da organização social Instituto de Gestão por Resultados (IGPR) pelo Governo do Estado, durante o período em que exerceu o cargo de governador. O contrato com a empresa que fazia a administração do complexo regulador, que é o responsável pela gestão das vagas de internação, liberação de exames e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), teve o valor de R$ 84 milhões.

Em 2022, após investigações da Polícia Civil, foi realizada uma operação contra o IGPR. Entre os crimes apontados pelo Ministério Público estão peculato, emprego irregular de verbas públicas, corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, entre outros.

Na decisão, o juiz Alexandre Pacheco disse entender que há uma possível e complexa organização criminosa composta por dezenas de membros, que atuavam para a prática de delitos graves, com fim especial de supostamente desviar verbas públicas por meio da OS. Foi dado o prazo de 10 dias para que os 34 réus se manifestem.

O ex-governador José Eliton afirmou que as acusações são falsas e buscam apenas desgastar a imagem dele. O ex-secretário de saúde, Leonardo Vilela, disse que desconhece a denúncia e não vai se manifestar. Já a OS IGPR alegou que não é parte da ação penal e que nenhuma das pessoas denunciadas integram o quadro de funcionários.

Eleito vice-governador por duas vezes (2010 e 2014), José Eliton assumiu o governo de Goiás em abril de 2018 quando Marconi Perillo renunciou ao cargo para disputar uma vaga ao Senado. Em outubro do mesmo ano, Eliton perdeu para Ronaldo Caiado a eleição de governador ficando em terceiro lugar . Em março de 2022, trocou o PSDB pelo PSB para tentar viabilizar uma nova candidatura ao governo do Estado, o que não aconteceu.

Leonardo Vilela foi secretário de Saúde, de Infraestrutura e de Meio Ambiente do Estado. Eleito deputado federal pelo PPB em 2002, esteve no PP antes de filiar-se ao PSDB sendo reeleito em 2006 e 2010. Ocupou a  presidência do diretório estadual do PSDB durante dois anos a partir de 2007.

Leonardo Vilela que já foi secretário da Saúde, também está na lista dos indiciados
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