Ex-gerente de banco é preso suspeito de dar golpe de quase R$ 200 mil contra goiano que morava no exterior

#Polícia | Uma operação das Polícias Civil e Federal prendeu no Aeroporto de Brasília (DF), o ex-gerente de um banco suspeito de participar de um golpe estimado em R$ 190 mil contra um goiano que morava na Venezuela. De acordo com a investigação, o suspeito usava o dinheiro para bancar uma vida de luxo e até viagens para a Disney, nos Estados Unidos. O delegado responsável pela prisão, Thiago Carvalho, informou que o homem permaneceu em silêncio durante o cumprimento do mandado.

A operação, nomeada cashback, teve início na última segunda-feira (17/06), quando a Polícia prendeu um bancário em Goianira suspeito de participar dos desvios da conta do goiano, que trabalhava em uma lavoura na Venezuela há 10 anos. A vítima juntava o dinheiro para se aposentar no Brasil. Ao cumprir o mandado de prisão do bancário, a polícia encontrou dois cartões em nome do suspeito preso em Brasília.

De acordo com as investigações, o ex-gerente preso era chefe do bancário também detido e participava do esquema criminoso. No momento da prisão, o suspeito voltava de uma viagem internacional paga com o dinheiro desviado da conta da vítima.

O ex-gerente foi desligado do banco em que trabalhava em maio deste ano. O suspeito foi preso de forma preventiva, após a Justiça acatar o pedido da Polícia Civil.

Na primeira fase da operação, feita na última segunda-feira (17/6) em Goianira, um bancário foi preso suspeito dos desvios. Segundo a Polícia Civil, ele usou o dinheiro da vítima para fazer compras e para pagar contas em restaurantes luxuosos.

O delegado disse que a maior parte do dinheiro era de saques que ele realizava em bancos de Aruanã, Goiânia e Goianira.

“A vítima é uma pessoa bem humilde, trabalhador rural de uma lavoura na Venezuela. Ele só percebeu que havia um déficit alto nos valores da conta no extrato bancário quando voltou para Aruanã. Ele chegou na delegacia para fazer o registro e tivemos dificuldade até para colher as digitais por conta do trabalho dele”, conta Thiago.

A investigação aponta que os crimes começaram em março de 2023. A prisão aconteceu em uma agência bancária em que o suspeito trabalhava, em Goianira. Ele deve responder por furto qualificado por abuso de confiança. Se condenado, a pena pode chegar 8 anos de prisão.

Segundo o delegado, em apenas um dia, o bancário gastou aproximadamente RS 1,8 mil da vítima, entre compras em lojas de marca e restaurantes luxuosos. Houve um mês em que ele sacou mais de R$ 25 mil da conta bancária da vítima.

Câmeras de segurança de lojas mostram quando o suspeito compra óculos e relógio usando o dinheiro da vítima, em cartão e também com dinheiro em espécie.