#Religião | O Vaticano anunciou na segunda-feira (28/04) que o conclave para a escolha do novo papa terá início no dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante a 5ª Congregação Geral dos cardeais reunidos em Roma. A tradicional eleição ocorrerá na Capela Sistina, que ficará fechada para visitação até a conclusão do processo.
O conclave foi convocado após a morte do Papa Francisco e reunirá cardeais eleitores de todo o mundo, responsáveis por eleger seu sucessor. O processo é conduzido sob rigoroso sigilo e segue rituais estabelecidos há séculos pela Igreja Católica.
Como funciona o conclave
O início do conclave será marcado pela celebração da missa Pro Eligendo Papa, que contará com a presença dos cardeais eleitores. Na tarde do mesmo dia, eles seguirão em procissão solene até a Capela Sistina, onde farão um juramento solene de sigilo e comprometimento com o bem da Igreja Universal.
Após a cerimônia, será proclamado o tradicional extra omnes (todos para fora), quando todos os que não participam do conclave devem deixar a Capela Sistina. Ficam apenas os cardeais eleitores, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e o eclesiástico responsável pela meditação espiritual, que também se retiram após suas funções.
Durante o conclave, os cardeais ficam isolados do mundo externo. É proibido o uso de telefones, envio de cartas, acesso a jornais, revistas, rádio ou televisão. Eles só poderão se comunicar em casos extremos.
A votação
Para que um novo papa seja eleito, é necessário que o candidato alcance dois terços dos votos dos cardeais presentes. Se o número total de eleitores não for divisível por três, será exigido um voto a mais. No primeiro dia, pode ocorrer apenas uma votação. A partir do segundo, são permitidas até quatro votações por dia — duas pela manhã e duas à tarde.
Após cada votação, as cédulas são queimadas. A cor da fumaça que sai pela chaminé da Capela Sistina indica o resultado: fumaça preta significa que nenhum papa foi escolhido; fumaça branca, que há um novo pontífice.
Caso não haja definição após três dias de votações, há uma pausa de um dia para oração e reflexão, com uma exortação espiritual do cardeal protodiácono, Dominique Mamberti.
Escolha do novo pontífice
Quando um dos cardeais é eleito com os votos necessários, o decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re, pergunta se o eleito aceita a missão e qual nome deseja adotar como papa. Com o consentimento formalizado, o novo pontífice assume imediatamente a autoridade plena sobre a Igreja Católica.
Os cardeais prestam homenagem ao novo papa, e o cardeal protodiácono anuncia ao mundo com a tradicional frase: “Annuntio vobis gaudium magnum; habemus papam” (Anuncio-vos uma grande alegria; temos um papa).
Logo em seguida, o novo pontífice concede sua primeira bênção apostólica Urbi et Orbi da varanda central da Basílica de São Pedro, em Roma. A posse formal como bispo de Roma ocorrerá posteriormente na Arquibasílica de São João de Latrão.
O mundo católico agora aguarda com expectativa a escolha do sucessor de Francisco, em um dos rituais mais solenes e emblemáticos da Igreja.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Internet