#Notícias | O empresário da área de comunicação, Márcio Lima, de 49 anos, denunciou publicamente o plano de saúde Hapvida após enfrentar complicações severas decorrentes de uma cirurgia ortopédica na coluna, realizada em 23 de dezembro de 2024. Segundo ele, o procedimento foi mal executado e resultou em uma sequela permanente na perna esquerda, conhecida como “pé caído” — condição em que o paciente perde a capacidade de levantar a ponta do pé, também chamada de “pé de bailarina”.
Márcio relata que passou por uma artrodese lombar — cirurgia em que se fundem duas ou mais vértebras com o uso de pinos e parafusos — e que, desde então, tem enfrentado uma série de limitações. “Fiquei acamado por 50 dias, e mesmo depois disso não resolvi meu problema. Hoje estou de cama novamente e com uma sequela definitiva na perna”, desabafa.
Diante da situação, ele procurou outro especialista fora da cobertura do plano de saúde, tendo de arcar com R$ 140 mil do próprio bolso para refazer a cirurgia. De acordo com Márcio, exames e laudos atestam que o primeiro procedimento foi tecnicamente incorreto. “Tenho um relatório e um laudo médico que comprovam que a cirurgia não seguiu os procedimentos corretos”, afirmou.
Além do impacto físico, o empresário agora enfrenta também os custos financeiros e os desafios jurídicos. Ele afirma que soube da demissão do médico responsável pela primeira cirurgia e que já iniciou os preparativos para acionar judicialmente tanto a Hapvida quanto a empresa fornecedora dos pinos utilizados na cirurgia, além do profissional envolvido. A ação buscará reparação por danos morais e materiais.
Mobilização por mais respeito aos pacientes
O caso, segundo Márcio, vai além de uma reparação pessoal. Ele pretende usar sua experiência como ponto de partida para mobilizar outras pessoas que foram vítimas de negligência por parte de planos de saúde e profissionais credenciados. “Não é só por mim. Vou puxar essa pauta do descaso dos planos de saúde, dos erros médicos. Isso está virando rotina”, declarou.
Ele afirma que, nos próximos dias, além de ingressar com as ações judiciais, irá procurar espaços públicos de fala, como a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Goiânia, para relatar sua experiência e pressionar por medidas que garantam mais fiscalização e responsabilidade no setor.
Risco crescente
Casos como o de Márcio levantam um alerta sobre a fiscalização e a qualidade dos serviços prestados por planos de saúde em todo o Brasil. Em um momento em que a judicialização da saúde se torna cada vez mais comum, cresce a cobrança por maior transparência, protocolos claros de atendimento e responsabilização efetiva em casos de erro médico.
Enquanto aguarda justiça, Márcio segue se recuperando e fortalecendo sua decisão de transformar sua dor em ação. “Independente da indenização, que é garantida por lei, eu quero fazer com que mais pessoas conheçam seus direitos e denunciem. O que está acontecendo não pode continuar sendo tratado com silêncio”, conclui.
Resposta da Hapvida
NOTA À IMPRENSA
A empresa reforça seu compromisso em garantir o melhor atendimento aos seus beneficiários, sempre baseada em critérios técnicos e nas melhores práticas assistenciais.
Esclarece também que o paciente recebeu estruturas hospitalar e médica para o melhor tratamento que o quadro de saúde exigia.https://diariodegoias.com.br/empresario-denuncia-plano-de-saude-por-cirurgia-mal-sucedida-na-coluna/491302/
A companhia está em contato para prestar todos os esclarecimentos necessários e segue à disposição do paciente.
Fonte: Diário de Goiás | Foto: Internet