#Goiânia | O início foi difícil, com estrutura pequena e a aposta no futuro. O açaí era o ponto de partida. E o local virou ponto de encontro de várias tribos da cidade. Lá se foram quase 25 anos, colecionando histórias pessoais dos frequentadores e firmando uma marca conhecida. A Tribo deu um tempo e fechou suas portas no mês passado. É definitivo? Talvez. O tempo, mais uma vez, vai dizer.
As tribos – O início foi como Tribo do Açaí. O fruto energético era muito bem aceito em alguns grupos e ganhou o seu espaço na cidade. A casa foi ficando conhecida e atraindo as tribos que se identificavam com a proposta. Veio a tribo do pedal, a tribo do rock, a tribo dos motociclistas, tribos que buscavam uma forma diferente de encarar a vida.
A Tribo passou a fazer mais do que açaí. Vieram os sucos, as saladas, os sanduíches, o restaurante… Virou point, realizando eventos, fechando literalmente rua, patrocinando e vendendo ingressos para eventos artísticos ligados às suas tribos.
A Tribo crescia e se multiplicava.
Pandemia – Aí, veio a pandemia e seus desafios. Colocou em xeque o futuro da Tribo. Os meses de fechamento e as mudanças geradas no período trouxeram novos desafios e uma realidade cruel para a sobrevivência da Tribo, como empreendimento. A decisão foi fechar as portas, para repensar a Tribo, seu negócio, seus clientes e sua turma.
Não foi uma decisão fácil. Já são inúmeros os pedidos para que a Tribo volte atrás. O momento é de muita reflexão para melhor atender às tribos. Pode voltar? Sim, em outra forma, com outras ferramentas e agregando novas tribos. Por enquanto, a Tribo dá um tempo, guardando as boas histórias de pessoas que se encontraram no jeito de ser da Tribo, que geraram casamentos, shows, negócios, filhos e boas risadas. A Tribo já está cravada na história de Goiânia. A ideia já se multiplicou por várias cidades no país. O momento é de dar um tempo. Para que a Tribo possa voltar um dia. Com mais força e a qualidade que marcou a sua história.
Por Marcelo Heleno