#AparecidadeGoiânia | Na quinta-feira (21/03), foi celebrada a luta pela inserção da pessoa com Síndrome de Down nas políticas públicas. A data foi proposta pelo Brasil à Organização das Nações Unidas e, desde o ano de 2012, passou a ser reconhecida internacionalmente como Dia Mundial da Síndrome de Down. A data não passou em branco na Rede Municipal de Educação que oferece atenção especial às famílias que possuem filhos e filhas portadoras da síndrome.
Dados confirmam que, até o ano passado, o Brasil já possuía cerca de 300 mil pessoas com a Síndrome de Down (T21). A mutação genética do cromossomo 21 é mais comum do que se imagina e, de acordo com estatísticas realizadas pela classe médica, a incidência ocorre numa proporção que varia de uma para cada 700 crianças que nascem no Brasil e de uma para cada mil pessoas que nascem no mundo.
Uma das conquistas que a população down celebra neste dia 21 de março é o fato de a síndrome deixar de ser considerada uma doença, como ocorria em um passado não muito distante. E como pessoas portadoras de direitos, elas foram inseridas no ensino regular das escolas públicas e privadas.
Neste sentido, a Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia, em atendimento às famílias que possuem filhos e filhas portadoras da síndrome, mantém em sua Coordenação de Inclusão Escolar políticas de apoio pedagógico com vistas a recebê-las nos Cmeis e escolas, dando-lhes o suporte necessário ao seu desenvolvimento.
Neste ano de 2024, a rede conta com 72 estudantes com Síndrome de Down que são atendidas nas salas regulares e, no contraturno escolar, nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), onde conta com o apoio de profissionais para o acompanhamento do seu desempenho.
Para o prefeito Vilmar Mariano, pensar em políticas públicas voltadas para a educação é uma das responsabilidades de um gestor que tenha o compromisso com o futuro das pessoas de sua cidade. “Durante o meu mandato, aumentamos a quantidade de professores de apoio e de salas de AEE, para ampliar o atendimento às crianças que necessitam de um acompanhamento para o seu melhor desenvolvimento”, comentou.
Lorenzo Daniel (foto abaixo) é um estudante de 10 anos e está matriculado no 5º ano da Escola Municipal Joana Angélica, que fica localizada no setor Santa Luzia. Ele é um dos exemplos de como a Educação de Aparecida está contribuindo com o seu crescimento e com a mudança de olhar das pessoas em relação aos portadores da Síndrome de Down.
Na opinião de sua mãe, a jornalista Káttia Daniel, a convivência natural das crianças no ambiente escolar é uma forma de ensiná-las a viver em sociedade respeitando as diferenças. “Para meu o meu filho, além da estrutura física, que é importante, a dedicação das professoras, Sara e Margarete, e também da diretora Ádria, faz toda a diferença. Elas acreditam verdadeiramente na inclusão e não têm medido esforços para assegurar que o ambiente escolar seja um local agradável e de respeito, e para que os alunos não sejam somente alfabetizados, mas também felizes”, pontuou.
A secretária da pasta da Educação, professora Idelma Oliveira, em alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Down, enalteceu os esforços dos servidores da rede por se empenharem para fazer do dia a dia da escola um ambiente mais acolhedor para as crianças portadoras da síndrome. “É papel da escola ser promotora de transformações e, no caso específico das crianças com down, é necessário trazê-las para o convívio escolar, cercando-as dos cuidados necessários, mas, sobretudo, promovendo o seu aprendizado e contribuindo para ampliar suas capacidades”, encerrou.
Fotos: Claudivino Antunes