#CasoWanderson | A mãe do menor Wanderson Chaves Leite, de 17 anos, Rozimar Chaves, fará na manhã desta quinta-feira (2) o reconhecimento do corpo do filho, na sede do Instituto Médico Legal (IML). O procedimento é necessário para que ocorra a liberação do corpo para o sepultamento. Magrão como era chamado, teve seu corpo encontrado nesta quarta-feira (1) enterrado em uma área rural no município de Cezarina, após mais de 20 dias de buscas e de 36 dias desaparecido de Palmeiras de Goiás.
A identificação de Wanderson Chaves pela polícia, foi feita através das roupas e tênis usados pelo menor no dia do crime. O corpo estava em decomposição e enrolado em uma lona branca. Após a localização, cães farejadores do Corpo de Bombeiros, fizeram a confirmação através do cheiro. Equipe do IML foi chamada e fez a retirada do corpo do local de grande profundidade.
O autor do crime, o produtor rural Hélio Júnior está preso. Trata-se de um produtor rural de Palmeiras e foi quem levou à polícia até o local exato onde tinha enterrado o menor. Outras duas pessoas que tiveram envolvimento, também estão presas, um funcionário do fazendeiro e um profissional de videomonitoramento. Uma quarta pessoa que havia sido presa.
Todos os detalhes do crime, da motivação e da investigação serão detalhados pela delegada regional da Polícia Civil, Silvana Nunes Ferreira, nesta quinta-feira (2), durante entrevista coletiva à imprensa.
Com a identificação do corpo, o inquérito segue para conclusão sendo homicídio com ocultação de cadáver, devendo ser indiciados o autor e outros envolvidos no crime.
A investigação está sob responsabilidade da delegada regional da Polícia Civil, Silvana Nunes Ferreira e teve uma força-tarefa que envolveu o total de seis delegados, diversos investigadores e parceria com a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
O trabalho inicial teve importante participação da Polícia Militar, através do 25º BPM, na pessoa do comandante tenente-coronel Cruvinel, do 32º BPM de Jussara, na pessoa do comandante tenente-coronel Gomes e com o serviço de inteligência do 4º CRPM da Cidade de Goiás, na pessoa do comandante coronel Hans.
A mãe de Wanderson, Rozimar Chaves fez usou um grupo de WhatsApp criado pela população para acompanhar o caso e fez um agradecimento à todos que o apoiaram neste momento tão difícil. “Quero agradecer cada um de vocês que tem me dado essa força. Vou poder fazer um enterro digno do meu filho. Deus que cuida da gente! Não tenho raiva, não tenho ira, não tenho ódio. Eu sou uma serva do senhor, a salvação é individual. Desde 28 de outubro eu perdoei o Hélio Junior, mesmo sem ter notícias do meu filho. Eu quero entrar no reino do Céu e que ele arrependa de seus pecados. Muitos não vão me entender. Deixo o meu abraço carinhoso para cada um de vocês que tem me abraçado nesta causa, vamos fazer sim o enterro dele. Conto mais uma vez com o apoio e com a força de vocês. Deus abençoe cada um de vocês”, disse em áudio.
O caso
Wanderson Chaves saiu do trabalho na noite de domingo (24/10) e foi até um bar no centro de Palmeiras, acompanhado de um amigo. Quando estavam no bar, chegou um homem em uma caminhonete branca e ficou de conversa com o menor, tendo momentos de discussão e saque de uma arma, segundo relatou o dono do bar e o amigo de Magrão.
O homem teria ido embora e voltou logo em seguida, seguindo os menores pela Avenida Humberto Mendonça. Poucos minutos depois, o homem convenceu os menores a entrarem no carro.
Os três seguiram por alguns pontos da cidade e finalizaram no Residencial Maria Pires Perillo. No bairro, o amigo de Wanderson teria descido do carro e seguido para casa. Já Magrão continuou na caminhonete. Imagens de câmeras de segurança de uma residência mostram o menor entrando na caminhonete e o veículo em movimento por algumas ruas.
A partir daí Wanderson Chaves não deu mais notícias. A motivação para o que aconteceu ainda é um mistério. A população pergunta todos os dias, onde está Wanderson e já realizou duas manifestações pedindo justiça.
O caso ganhou repercussão na mídia local, estadual e nacional.