#Polícia | O delegado, Thiago Torres, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), disse que com a prisão do ex-presidente do DEM (atualmente União Brasil) em Anápolis, Cacai Toledo, a Polícia Civil tem condições de concluir o inquérito da morte do empresário Fábio Escobar com todos os supostos autores detidos. Além de Cacai, são 10 policiais militares presos, suspeitos de envolvimento no assassinato.
Segundo o delegado, Cacai não foi algemado porque não ofereceu resistência à prisão. Nenhum documento foi apreendido na ocasião. Ele está detido na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, em Brasília (DF).
“Foi muito difícil encontrá-lo. Ele é uma pessoa inteligente e pode ter tido ajuda de pessoas em outros Estados. Vamos investigar se foi uma pessoa apenas ou se uma rede de envolvidos o ajudou. Outros poderão responder por favorecimento pessoal. Com a prisão temos condições de concluir o inquérito com todos os investigados do assassinato presos”, ressaltou Torres.
O delegado destacou que uma possível federalização do caso deverá ser tratada pelo Ministério Público. Cacai ainda não foi ouvido. Policiais aguardam o Poder Judiciário autorizar a transferência para Goiás.
Entenda o caso
Cacai Toledo ficou foragido por cerca de seis meses, já que a prisão dele foi decretada em novembro de 2023. Ele é investigado como suposto mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar. Em fevereiro, ele e três policiais tornaram-se réus pelo assassinato, ocorrido em 23 de junho de 2021.
A apresentação de Cacai à polícia realizada nessa segunda-feira (03/06), em Brasília, resultou de uma negociação com a defesa do investigado. De acordo com o advogado dele, Demóstenes Torres, o esforço foi feito para garantir a integridade física de Toledo.
Segundo as investigações, outras 7 mortes estão relacionadas ao caso Escobar.
A Polícia Civil concluiu que o empresário Fábio Escobar foi assassinado no dia 23 de junho de 2021 por vingança após ter denunciado desvio de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 cometido pelo ex-presidente do Democratas, Cacai Toledo.
Escobar trabalhou com Cacai durante a campanha de 2018. No ano seguinte, passou a denunciá-lo na internet por supostos desvios de dinheiro. Em um dos vídeos, Escobar mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil, que ele dizia ter recebido de Cacai como suborno para que ele parasse com as denúncias. Para a investigação, essas desavenças motivaram o assassinato do empresário.