#Brasil | O Comando Conjunto da Operação Pantanal, liderado pela Força Aérea Brasileira (FAB), tem realizado um trabalho notável no combate às queimadas que assolam a região desde o dia 28 de junho. Em um esforço contínuo e coordenado, a FAB já lançou 336 mil litros de água nos focos de incêndio. Somente na quinta-feira (11/07), em dois voos, foram despejados 24 mil litros de água nas áreas atingidas pelo fogo.
As operações são conduzidas com o uso do Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System), instalado no avião KC-390 Millennium. Este sofisticado equipamento utiliza um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda da aeronave, permitindo descarregar até 12 mil litros de água sobre as áreas em chamas.
O major aviador Rafael Portella Santos, comandante da missão no Pantanal Sul-Mato-Grossense, destacou a inovação e a preparação envolvidas nesta operação. “Esta é a primeira vez que a FAB opera o sistema MAFFS instalado no KC-390 Millennium em situação real. Fizemos diversos treinamentos simulados no decorrer da operação da aeronave para que, hoje, pudéssemos estar aqui com pilotos e tripulantes capacitados para este momento”, afirmou o major.
Santos explicou que a operação com o sistema MAFFS é realizada em etapas bem definidas. Inicialmente, há a coordenação em solo para identificar o ponto exato onde o combate ao fogo é necessário. Em seguida, é feita a visualização do local, a avaliação dos riscos para as aeronaves e a manutenção do contato constante com a equipe em terra. Após esses preparativos, ocorre a primeira passagem da aeronave para garantir a precisão e a segurança do lançamento de água.
Após o lançamento, a aeronave retorna para reabastecimento e, em aproximadamente 40 minutos, está pronta para decolar novamente e continuar o combate aos incêndios. Desde o início da missão, a FAB já realizou 28 voos de apoio ao bioma Pantanal, somando um total de 28 horas e 35 minutos de voo.
O trabalho dedicado e eficiente da FAB no Pantanal é um exemplo de comprometimento e capacidade operacional, mostrando que a união de tecnologia e preparo pode fazer a diferença na preservação de um dos biomas mais importantes e ameaçados do Brasil.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Marcelo Camargo/AB