#Tempo | O presidente Lula (PT) desembarcou, nesta quinta-feira (02/05), em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para acompanhar a situação dos municípios gaúchos atingidos por fortes chuvas que já deixaram pelo menos 13 mortos e 21 desaparecidos. Durante reunião com o governador Eduardo Leite e outras autoridades, o presidente disse que não faltará recursos para atender as necessidades do Estado.
Na comitiva do governo federal, estiveram presentes ainda, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação), além do comandante do Exército, general Tomás Paiva, e do chefe do gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares.
A Defesa Civil Nacional e o Ministério da Defesa já prestam apoio ao Estado no socorro emergencial aos atingidos pelas enchentes. As Forças Armadas têm auxiliado as ações de busca e resgate de vítimas e a desobstrução de estradas, além de distribuição de alimentos, colchões, água e a montagem de postos de triagem e abrigos.
Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira já operam na região e outras duas do Exército se deslocam para o Estado. O Ministério da Defesa solicitou outras oito. De acordo com o governo federal, o efetivo das Forças Armadas foi ampliado de 335 para 626 militares, e 45 viaturas e 12 embarcações já foram fornecidas.
Pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que “não é momento apenas de sobrevoos, mas de articulação de todos para salvar vidas”. “As aeronaves precisam estar focadas nos resgates. Precisamos somar todos os esforços. É um momento de articulação para sintonia entre as forças armadas e o Estado do Rio Grande do Sul para fazer o resgate das pessoas, esse é o nosso foco nesse momento”, afirmou.
Recursos
Após uma reunião com o governador Eduardo Leite e uma equipe de ministros de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não faltará recurso para atender às necessidades do estado e determinou a instalação de uma base do governo federal para centralização das informações e coordenação das ações. Estava previsto um sobrevoo do presidente nas áreas afetadas, cancelado pelo mau tempo.
“Não faltará ajuda para cuidar da saúde, do transporte, dos alimentos, tudo que tiver no alcance do governo federal, seja através dos ministérios, da sociedade civil, militares, vamos dedicar 24h de esforço para atender às necessidades básicas do povo isolado por causa da chuva”, disse Lula.
O presidente ainda afirmou que o governo está focado no resgate de pessoas, mas garantiu que haverá dinheiro para a reconstrução da cidade. “No primeiro momento temos de salvar vidas, cuidar das pessoas, no segundo momento tem de fazer avaliação dos danos e pensar como encontrar dinheiro para reparar os danos”.
Lula também destacou que como “ser humano” vai rezar para o fim das chuvas e segurança das pessoas.
PAC voltado para encostas
O presidente anunciou que, na próxima quarta-feira (08/05), o governo lançará uma modalidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltada para as obras em encostas, que evitem desmoronamentos e outros desastres do tipo.
O governador do Estado disse que o caso já se trata do “pior desastre climático” do Rio Grande do Sul. “A chuva ainda é torrencial, diferente do que aconteceu no ano passado”, disse o gestor estadual.
Mortes
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até esta quinta-feira (02/05), foram registrados 132 municípios atingidos pelas fortes chuvas. Além disso, foram apontados 13 óbitos, 21 desaparecidos e 5.321 pessoas desalojadas.
Fontes : CNN Brasil e Exame | Fotos: Ricardo Stuckert e Defesa Civil/RS