Caso Wanderson Chaves: Julgamento é adiado para janeiro de 2023  

#PalmeirasdeGoiás | O início das audiências de instrução e julgamento dos quatro acusados de participação no homicídio e ocultação do corpo do menor Wanderson Chaves Leite (Magrão), foi adiado para 26 de janeiro do ano que vem. O julgamento estava marcado para começar na última quinta-feira (10/11), segundo o Poder Judiciário de Palmeiras, mas foi adiado a pedido do advogado de defesa de um dos réus, uma vez que também estava atuando no caso Valério Luiz, em Goiânia.

Segundo o Dr. José Cássio, 19 testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público (MPGO) e pela defesa dos acusados, o que vai tornar o julgamento extenso. Caso tenha sentença de pronúncia, será definido se os réus vão a júri popular ou não.

Quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pela morte e ocultação de cadáver da vítima: Hélio de Oliveira Gomes Júnior, por homicídio qualificado e ocultação do cadáver e Dimar de Souza Cruz, Carlos Caetano da Silva e Regimar Rodrigues de Sousa, por ocultação de cadáver, em concurso de pessoas.  

Fórum de Palmeiras onde acontecerá o julgamento do crime

Wanderson Chaves Leite foi assassinado com três tiros, na madrugada do dia 24 de outubro, em um galpão localizado na GO-050, em Palmeiras de Goiás. Seu corpo foi levado para uma propriedade rural no município de Cezarina, onde foi enterrado em uma vala de aproximadamente oito metros de altura. O corpo só foi localizado no dia 1º de dezembro, enrolado em uma lona e amarrado com uma corda. A localização só foi possível após o autor ter relatado detalhes para a polícia. Uma retroescavadeira teria sido usada para fazer o buraco e jogar o corpo dentro.

O caso ganhou grande repercussão na mídia e chocou a população. A Polícia Civil chegou a realizar uma força-tarefa que contou com apoio de vários delegados e agentes, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, por meio do canil, para realizar as investigações. A motivação do crime teria sido por motivo fútil e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, segundo a denúncia do MPGO.  

O GO In Foco abre espaço para a defesa dos acusados, se manifestar sobre este caso.

Local onde o corpo de Wanderson foi encontrado

Acusado discutiu com vítima em bar

Consta da denúncia que, no dia do crime, Hélio de Oliveira Gomes Júnior chegou a um bar de Palmeiras, por volta da meia-noite, embriagado e conduzindo a sua caminhonete. A vítima estava no local. Por não ter sido atendido da forma como queria, ele desceu do veículo portando uma arma de fogo e foi até o balcão do estabelecimento, local em que Wanderson Chaves Leite estava.

Ao chegar ao balcão, Hélio de Oliveira Gomes Júnior começou uma discussão com a vítima, tendo encostado o revólver no rosto do rapaz. Com isso, o dono do bar insistiu para que ele fosse embora, não tendo sido atendido.

Em seguida, Hélio Júnior passou a conversar com Wanderson Chaves Leite em uma mesa que estava situada do lado de fora do bar. Ele chegou a efetuar um disparo para o alto. A vítima e o amigo foram embora, mas os dois acabaram sendo seguidos e convencidos a entrar na caminhonete.

Os três passearam pela cidade, até que Hélio Júnior deixou o amigo da vítima em sua residência, em um bairro da cidade. Em seguida, depois de 40 minutos dentro do carro com Wanderson Chaves Leite, ele sentiu falta de seu aparelho celular e voltou a discutir e a acusá-lo pelo furto.

Após isso, os dois se dirigiram até o galpão de maquinários de propriedade do denunciado.

No local, os dois foram até um caminhão, onde Dimar de Sousa Cruz dormia. Os três seguiram para a cozinha, onde houve nova discussão entre Hélio Júnior e Wanderson Chaves Leite, e ele atirou no ombro da vítima. Em seguida, entrou no escritório, pegou uma espingarda e disparou contra a cabeça de Wanderson. Com a vítima caída, deu mais um tiro em seu corpo.

Após o homicídio, Hélio Júnior ligou para Carlos Caetano da Silva e Regimar Rodrigues de Sousa, que embrulharam o corpo do rapaz, carregaram até a caçamba da caminhonete e levaram para a fazenda onde foi enterrado(Texto: João Carlos de Faria/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)