#Estado | Prestar assistência humanizada com a garantia de cuidados que contribuem com a continuidade de tratamento médico e a recuperação da saúde. Esta é a função da Casa do Interior de Goiás (Cigo). A unidade, que integra as ações do Goiás Social, tem 120 leitos e acolhe com conforto moradores do interior que precisam fazer consultas, tratamentos ou cirurgias em Goiânia, mas não têm condições de pagar por uma hospedagem.
Em 2023, a Cigo prestou 4.170 atendimentos. Um suporte voltado a pessoas que necessitavam, também, de uma atenção especial na alimentação, como diabéticos e pessoas em tratamentos de quimioterapia e radioterapia, com dificuldades de deglutição e mastigação, e ganharam dietas específicas.
As cinco refeições diárias elaboradas e servidas na Cigo contam com uma alimentação variada, rica em alimentos in natura e em fibras, como frutas, verduras e oleaginosas. Mensalmente, são preparados mais de 1,2 mil quilos de alimentos (180 quilos de hortifrutis, 360 quilos de carnes, 350 quilos de arroz e 102 quilos de feijão, 120 quilos de salada e 150 quilos de frutas), além de 1.480 unidades de ovos.
“A alimentação saudável é parte fundamental no tratamento do paciente e possibilitar essas refeições de forma pensada e estratégica faz com que o beneficiário tenha mais condições de enfrentar a doença. A batalha não é fácil, por isso fazemos nossa parte para que o beneficiário fique ainda mais fortalecido”, ressalta a presidente de honra da OVG e coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.
A Cigo também oferece orientações sobre alimentação saudável e oficinas de culinária, com receitas de fácil preparo e baixo custo aos beneficiários. Segundo a nutricionista da unidade, Marília Rodrigues, o estado nutricional do paciente influencia diretamente na sua evolução clínica. “Adaptamos dietas para o aproveitamento integral dos alimentos e queremos que os pacientes levem esse conhecimento para além daqui. Nossa maior preocupação é manter essas pessoas bem nutridas”.
Geraldo Majela, 72 anos, morador de Campos Belos, relata que a quimioterapia tirava por completo o seu apetite. “Muitas vezes, olhava a comida e não conseguia comê-la. Nessas horas, preparavam para mim sucos e vitaminas. Aos poucos, comecei a me alimentar melhor. Se não fosse todo esse acolhimento da Cigo, eu não teria conseguido prosseguir no tratamento.”
Fotos: Aline Cabral