#Saúde | O Ministério da Saúde anunciou, no último dia 25 de fevereiro, uma vacina de dose única contra a dengue, totalmente produzida no Brasil. O imunizante será destinado à população entre 2 e 59 anos e deve estar disponível para integração ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) a partir de 2026. O evento de lançamento ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Lula.
Com um investimento total de R$ 1,6 bilhão, a produção do imunizante será integralmente nacional. O projeto faz parte do Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL) do Ministério da Saúde e recebeu um financiamento de R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já foi enviado um pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa essencial para sua distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o governo, a vacina apresenta uma eficácia de 79,6% na prevenção de casos sintomáticos de dengue e 89% nos casos graves. O imunizante é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, garantindo uma cobertura mais ampla para a população.
Atualmente, o SUS oferece a vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, apenas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Com a nova vacina nacional, a expectativa é ampliar a proteção a um público mais abrangente, reduzindo significativamente os casos da doença e seus impactos no sistema de saúde pública.
O anúncio aconteceu em meio a um momento crítico para a saúde pública no Brasil. Somente neste ano, o Estado de São Paulo decretou emergência devido ao aumento alarmante de casos de dengue, que já ultrapassam 124 mil notificações e 113 óbitos registrados em 2025. A gestão da ex-ministra Nísia Trindade foi alvo de críticas em relação à política de imunização, e a nova vacina surge como uma resposta do governo para ampliar a prevenção contra a doença. O governo também trocou a titular. Saiu Nísia Trindade e entrou Alexandre Padilha.
