#Brasil | A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última quinta-feira (28/04) que manterá a bandeira verde nas contas de luz em maio, o que significa que não haverá cobrança extra na fatura. A decisão foi tomada devido às condições favoráveis de geração de energia no país, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.
Desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que vigorou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022, a conta de luz está sem essas taxas. Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado pela Aneel em junho de 2022. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel e refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Já quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
É importante destacar que o Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por conectar praticamente todo o país, está dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país, e a demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
Com a manutenção da bandeira verde em maio, os consumidores poderão economizar na conta de luz, mas é importante manter o consumo consciente e evitar desperdícios.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Marcos Barbosa/GO In Foco