#Brasil | Em meio ao aumento de casos de mpox e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério da Saúde convocou uma reunião de emergência para esta terça-feira (13/08). O objetivo é revisar as recomendações e atualizar o plano de contingência contra a doença no país. De janeiro até agosto, já foram registrados 709 casos da doença.
Em nota oficial, o ministério destacou a importância de se manter vigilante diante da situação global da mpox, monitorando constantemente informações fornecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições internacionais, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Apesar da preocupação crescente, a pasta enfatizou que o risco da mpox no Brasil é considerado baixo no momento. Desde o início de 2024, foram registrados 709 casos e 16 óbitos, sendo o último em abril de 2023.
Vacinação e medidas de precaução
A questão das vacinas contra a mpox também será discutida na reunião. O Ministério relembrou que, em 2023, a imunização foi realizada em caráter emergencial, com doses aprovadas provisoriamente pela Anvisa. Caso novas evidências justifiquem mudanças no plano de vacinação, o governo adotará as medidas necessárias e as divulgará oportunamente.
Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou um comitê de emergência para avaliar o surto da mpox na África e o risco de disseminação global. O agravamento da situação se deve a uma nova mutação do vírus que facilita a transmissão entre humanos, além de casos suspeitos na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, onde a doença já causou mais de 479 mortes este ano.
A OMS também emitiu um pedido oficial para que fabricantes de vacinas submetam dados para análise de uso emergencial, visando acelerar a distribuição das doses, especialmente em países de baixa renda.
Sobre a mpox
A mpox é uma doença viral transmitida por contato com animais silvestres infectados, humanos ou materiais contaminados. Seus sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre e dores no corpo. A doença, embora geralmente autolimitada, pode ser fatal se não tratada adequadamente, como observado na República Democrática do Congo, onde a taxa de mortalidade é alarmantemente alta.
Em maio de 2023, a OMS declarou que a mpox não configurava mais uma emergência em saúde pública de importância internacional, embora a doença continue a ser um desafio de saúde pública global. O diretor-geral da OMS alertou para a necessidade contínua de vigilância, especialmente em países com populações vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV não tratado.
A reunião convocada pelo Ministério da Saúde brasileiro representa um esforço preventivo para garantir que o país esteja preparado para qualquer eventualidade relacionada à mpox, mantendo a população informada e segura.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Reuters