#Polícia | A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta terça-feira (11/06), que houve apenas um envolvido no ataque ao então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro (PL), em 2018. Segundo as investigações, Adélio Bispo agiu sozinho. Adélio permanece condenado e preso. O relatório final, apresentado em conformidade com as novas solicitações do Ministério Público Federal, aguarda a manifestação judicial.
De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. A diligência se estendeu para o advogado de defesa de Adélio, mas sem ligação com a tentativa de assassinato do ex-presidente.
Também nesta terça-feira (11/06), o advogado de Adélio Bispo se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal em Minas Gerais. Os investigadores também conseguiram o bloqueio de valores em dinheiro do suspeito.
Advogado ligado ao PCC
Segundo a PF, o advogado tem relação com o crime organizado, especificamente com o PCC, mas não com o caso da tentativa de assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral de 2018. Com isso, a PF pediu o arquivamento dessa parte do inquérito.
O advogado se tornou alvo da Operação Cafua, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG). A ação teve por objetivo apurar os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa praticados por um grupo em Minas Gerais.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão durante a Operação Cafua, além de mandados judiciais que determinavam a lacração e suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.
PF conclui pela terceira vez que Adélio agiu sozinho
Esta é pelo menos a terceira vez em que a PF diz que Adélio agiu sozinho. Em setembro de 2018, dias após o atentado, a corporação concluiu que Adélio agiu sozinho no ataque em Juiz de Fora (MG). O delegado do caso disse, na ocasião, que o crime foi motivado por discordância política.
Em maio de 2020, já durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal concluiu uma segunda investigação, que apontou, novamente, não haver mandantes do atentado. A investigação do atentado foi um dos motivos de discórdia entre o então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o então presidente Bolsonaro. Em depoimento prestado à PF, Moro disse que o ex-presidente teve acesso ao trabalho de investigação sobre o caso. O ex-juiz afirmou também que o Bolsonaro alegou uma “suposta falta de empenho” da PF para justificar a troca do então diretor-geral, Maurício Valeixo.
Agora, no governo Lula, a corporação reforça essa conclusão. “Adélio agiu sozinho”, disse Andrei, em conversa com jornalistas nesta manhã em Brasília.
Em junho de 2019, Adélio foi absolvido da facada, após ser considerado inimputável por transtorno mental. Em fevereiro, a Justiça determinou que ele fosse transferido a Minas Gerais, local de origem do processo. Até então, ele cumpria medida de segurança no presídio federal de Campo Grande.
Fonte: Metrópoles